Quem tem 3 projetos tributários não tem nenhum
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Política funciona mais ou menos como fotografia. Se mexe muito não sai. O governo Bolsonaro acompanhou como espectador o debate que resultou na formulação de duas propostas de reforma tributária —uma na Câmara, outra no Senado. Com um ano e meio de atraso, o ministro Paulo Guedes (Economia) decidiu exibir um projeto do governo.
Guedes percebeu que seria excluído da cena se entrasse de sola. Decidiu dosar seus movimentos. Levou à mesa um remendo tributário, não uma reforma. Propôs fundir dois tributos. PIS e Cofins virariam CBS, Contribuição sobre Bens e Serviços. Foi decepcionante. Mas o ministro conseguiu se incluir na foto.
Guedes fez pose de humilde. Disse que deseja apenas "complementar a proposta da Câmara", que unifica tributos federais, estaduais e municipais. Mas todo mundo sabe que o ministro quer muito mais. Sua reforma será exibida como uma novela, em quatro capítulos.
O enredo inclui mexidas em tributos sobre empresas e pessoas físicas, desoneração da folha e a recriação da CPMF. O risco que o ministro corre é o de estragar a foto. Por ora, o que há de concreto é uma constatação singela: Quem tem três projetos de reforma tributária não tem nenhum.
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