Bolsonaro avacalha a 'independência' da Anvisa
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Autoconvertido em garoto-propaganda da liberdade de infectar, Jair Bolsonaro conseguiu transformar sua aversão à "vacina chinesa do Doria" num processo de avacalhação da independência da Anvisa. O presidente disse que não manda na Anvisa, mas que a Agência de Vigilância Sanitária "não vai correr" para liberar vacinas contra a Covid-19.
Bolsonaro fez o comentário horas depois de o Instituto Butantan acusar a Anvisa de retardar a análise de um pedido de importação de insumos do laboratório Sinovac, para a produção da vacina chinesa no Brasil. Protocolada em setembro, a solicitação só seria analisada em novembro. Espremida, a Anvisa decidiu adiantar o relógio. Promete dar uma resposta em cinco dias úteis.
Foi contra esse pano de fundo que Bolsonaro disse em sua live das quintas-feiras ter conversado com o presidente da Anvisa, o contra-almirante Antonio Barra Torres. "Não vai ser em 72 horas, ele me disse, que ele vai autorizar a distribuição [de vacinas] no Brasil." A certificação de vacinas deve durar o tempo necessário à produção de imunizantes eficazes.
Qualquer outra velocidade —rápida demais ou excessivamente lenta— é insultuosa. Bolsonaro faria um bem inestimável à independência da Anvisa se parasse de falar dez vezes antes de pensar. Do contrário vai condenar a "independência" da agência a viver entre aspas.
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