Sem voto, Russomanno tenta sorte como censor
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Celso Russomanno, candidato do Republicanos à prefeitura de São Paulo, encontrou uma fórmula inusitada para resolver seu problema de falta de votos. Como não consegue seduzir eleitores no volume que gostaria, deseja proibir a divulgação da pesquisa do Datafolha. Curiosamente, a Justiça Eleitoral concedeu liminar ao neo-censor. Cabe recurso.
Há na praça dois tipos de pesquisa de opinião: as que são feitas por encomenda dos políticos e as que são bancadas por veículos de comunicação. Uma serve para orientar os candidatos. E Russomanno gostaria que a outra servisse para desorientar o eleitorado.
A pesquisa foi momentaneamente censurada sob a alegação de que contém irregularidades. Lorota. Tomada pelos parâmetros, a sondagem é igual a outras realizadas nas últimas três décadas. Em relação a Russomanno, a diferença é que o derretimento é maior agora do que nas outras duas eleições municipais que fizeram do candidato um colecionador de infortúnios.
Russomanno se apresenta como repórter especializado na defesa do consumidor. É curioso que queira impedir a clientela de receber informações sobre estatísticas que dão às suas pretensões eleitorais uma aparência de propaganda enganosa. Mais um pouco e candidato vira matéria-prima para o Procon.
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