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Comissão decide ouvir Wajngarten antes de CPI
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Antecipando-se à CPI da Pandemia, a comissão temporária do Senado que acompanha os desdobramentos da pandemia aprovou nesta segunda-feira (3) a realização de audiência pública com o ex-chefe da Secretaria de Comunicação do governo federal, Fabio Wajngarten. Ele será ouvido, em data a ser marcada, sobre os percalços que retardaram a compra de vacinas da Pfizer pela União.
Deve-se a iniciativa à senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA). Ela utilizou como base para o pedido uma entrevista na qual Wajngarten afirmou à revista Veja que o Brasil não comprou vacinas da Pfizer antecipadamente, no ano passado, por "incompetência" e "ineficiência".
Wajngarten declarou que se envolveu nas negociações com a Pfizer ainda em setembro de 2020. Reconheceu que a demora na negociação atrasou o início da vacinação no Brasil, elevando o número de mortos. Disse que a pasta da Saúde, então comandada pelo general Eduardo Pazuello, dispunha de um "time pequeno, tímido, sem experiência". Uma equipe incompatível com a negociação milionária com uma grande farmacêutica, que já fechava contratos com Europa, Estados Unidos e Israel.
"As negociações avançaram muito", disse Wajngarten. "Os diretores da Pfizer foram impecáveis. Se comprometeram a antecipar entregas, aumentar os volumes e toparam até mesmo reduzir o preço da unidade, que ficaria abaixo dos 10 dólares. Só para se ter uma ideia, Israel pagou 30 dólares para receber as vacinas primeiro. Nada é mais caro do que uma vida. Infelizmente, as coisas travavam no Ministério da Saúde."
Na semana passada, a CPI da Covid cogitou aprovar a convocação de Fabio Wajngarten. Mas a análise do pedido foi adiada para depois da oitiva de quatro "testemunhas": os ex-ministros da Saúde Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello; e o atual titular da pasta Marcelo Queiroga. Os depoimentos começam nesta terça-feira e terminam na quinta.
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