Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Em época de Olimpíada, Bolsonaro soa como pesadelo que interfere no sonho
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O cérebro de Bolsonaro é uma espécie de terreno baldio no qual ele próprio atira o lixo que compõe a sua oratória tóxica. Num dos seus destampatórios, referiu-se ao tucano Bruno Covas, que feneceu de câncer em maio, nos seguintes termos: "...O outro, que morreu, fecha São Paulo e vai assistir a Palmeiras e Santos no Maracanã."
Filho do ex-prefeito paulistano, Tomás Covas, 15, que acompanhou o pai na arquibancada, lamentou "a fala dita hoje pelo incompetente e negacionista presidente Bolsonaro. Em uma fala covarde [...], ele atacou quem não está mais aqui conosco, não dando o direito de resposta ao meu pai. Além disso, cumprimos com todos os protocolos no estádio do Maracanã, utilizando a máscara e sentando apenas nas cadeiras permitidas."
Em tempo de Olimpíadas, Bolsonaro virou um pesadelo da realidade interferindo num evento que em que o brasileiro vive a alegre fantasia de atenuar suas ansiedades torcendo pela realização do sonho de medalhas como as que foram conquistadas por gente como Rayssa Leal, Rebeca Andrade e Ítalo Ferreira —atletas que têm cara de um Brasil que torce pelos lances bonitos da vida.
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