Vacina Temer perde eficácia e Jair Bolsonaro rosna para Alexandre de Moraes

No último feriado de 7 de Setembro, Bolsonaro chamou Alexandre de Moraes de "canalha" e avisou que não cumpriria decisão que viesse dele. Apenas 48 horas depois do surto, o capitão recebeu uma dose de imunizante antirrábico da marca Michel Temer. Decorridos menos de cinco meses, a vacina perdeu a eficácia.
Num aceno ao seu eleitorado radical, Bolsonaro rosnou para Moraes. Colocou um pé fora do quadrado constitucional ao desobedecer a ordem de depor à Polícia Federal. Recorreu fora do prazo. Ao refugar o recurso, Moraes fez um risco no chão. Armou-se o impasse. A encrenca não termina sem alguma desmoralização.
Bolsonaro se diz convencido de que a delegada Denisse Ribeiro está predisposta a indiciá-lo no inquérito em que é acusado de distorcer dados sigilosos da PF para desacreditar as urnas eletrônicas. A doutora não tem predisposição. Tem apenas perguntas. Se não conseguir formulá-las, desmoraliza-se Moraes.
O ministro queixa-se da deslealdade do investigado. Informado de que teria de depor em 15 dias, Bolsonaro mandou a Advocacia-Geral da União avisar que estava de acordo. Pediu prazo de dois meses. Atendido, esquivou-se de exercer a prerrogativa de escolher data e local. Intimado, deu piti na véspera. Moraes bateu o pé. Prevalecendo o ministro, desmoraliza-se a variante golpista do Planalto.
Moraes presidirá a Justiça Eleitoral durante a sucessão. Suspeita que o investigado questionará as urnas. A premissa é falsa, pois a implicância de Bolsonaro não é com o método da coleta de votos. Como Donald Trump, ele implica com a hipótese do resultado adverso. Contra esse pano de fundo, o pior que poderia acontecer agora é nada. Em certos cenários, nada é uma palavra que ultrapassa tudo.
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