Lula pisou sobre verba pública no 1º de Maio

Alguém já escreveu que Deus está nos detalhes. Alguém já retrucou que é o diabo quem está nos detalhes. No Brasil, além do Todo-Poderoso e do Tinhoso, a história também está nos detalhes. A história do favoritismo de Lula na campanha presidencial de 2022, por exemplo, pode ser outra se o candidato do PT não começar a reparar no chão que o seu salto alto pisa. No palanque do 1º de Maio, descobre-se agora, Lula sapateou em cima de verbas públicas.

O comício fora de época organizado pelas centrais sindicais foi financiado com recursos da prefeitura de São Paulo. Só o show de Daniela Mercury custou R$ 160 mil ao contribuinte paulistano. Dinheiro despejado no ato político por emendas que três vereadores companheiros penduraram no Orçamento municipal.

Bolsonaro já havia ironizado o evento estrelado por Lula. Disse que o ato exalava um cheiro de mortadela, uma referência ao tempo em que esse tipo de evento era bancado pelo imposto sindical. O capitão decerto não perderá a oportunidade de realçar que o embutido das centrais agora é defumado e aromatizado dentro dos cofres públicos.

Lula e seus aliados consolidam-se como principais fornecedores da matéria prima usada por Bolsonaro para reduzir a diferença que ainda o separa do líder nas pesquisas. O PT parece desprezar os detalhes que servem de para imagina que morada para o diabo. O partido despreza também a hipótese de Deus estar nos detalhes. O petismo imagina que Deus está em Lula.

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