Bolsonaro faz da Fiesp palanque de sua reação a manifestos pró-democracia

A pedido do Planalto, a Fiesp foi compelida a antecipar em um dia —de 12 para 11 de agosto— a presença de Bolsonaro no ciclo de encontros que promove com candidatos à Presidência. Com isso, Bolsonaro transformou o auditório da principal entidade empresarial do país em palanque de sua resposta ao ato que ocorrerá no mesmo dia, na Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, para o lançamento de dois manifestos em defesa da democracia.

Um dos manifestos, idealizado por docentes da USP, obteve a adesão pessoas ligadas a diferentes setores da sociedade —de artistas a juristas. Já ultrapassa as 640 mil assinaturas. Outro, patrocinado pela própria Fiesp, foi endossado por entidades como Febraban, Fecomércio, inúmeras outras entidades patronais e as centrais sindicais.

Outros presidenciáveis que já estiveram na Fiesp antes de Bolsonaro subscreveram o documento. O capitão sinaliza o oposto. Tratado como um elefante na casa de louças em que ele próprio converteu a democracia brasileira, o capitão sinaliza que, ainda que as urnas o matem, não será fácil remover o cadáver.