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Insanidade de Bolsonaro é lucrativa para militares
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Ao sequestrar o 7 de Setembro pelo segundo ano consecutivo, transformando a data nacional num dia de celebração do seu radicalismo político, Bolsonaro faz do desafio às instituições e à própria democracia um processo de desmoralização dos militares. Faz isso ao encostar sua insanidade naquilo que chama de "minhas Forças Armadas".
No ano passado, Bolsonaro surtou na Avenida Paulista. Neste ano, o aparelhamento eleitoral do Dia da Independência ocorrerá no Rio de Janeiro. O presidente ordenou que o tradicional desfile militar seja transferido da Avenida Presidente Vargas, no centro, para a Avenida Atlântica, na Orla de Copacabana. Planeja adornar o espetáculo com presença das forças policiais e da militância bolsonarista.
O general da reserva Paulo Chagas, ex-bolsonarista, disse tudo ao classificar a iniciativa como "um absurdo", algo "totalmente fora de propósito". Para ele, os militares próximos ao presidente e os membros do Alto Comando deveriam dizer a Bolsonaro: "Ordem errada não se cumpre". O diabo é que o desejo do general não tem correspondência mínima com a realidade.
Bolsonaro cooptou as forças militares com investimentos orçamentários e mimos previdenciários. Consolidou o processo de venezuelização as Forças Armadas ao colocar os contracheques dos seus generais de estimação numa laje acima do teto salarial do serviço público. Ali, os comandantes de escrivaninha passaram a receber até R$ 78,6 mil mensais, o dobro do salário dos ministros do Supremo.
Generais como Luiz Eduardo Ramos, Augusto Heleno e Walter Braga Netto apalparam ganhos extras superiores a R$ 300 mil por ano. O escárnio faz com que os generais não sofram com a insanidade de Bolsonaro. Eles aproveitam cada segundo dela.
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