'Maduro está louco como uma cabra', avisou o amigo Mujica
Amigo leal e fraternal de Lula, o ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica tentou avisar: Nicolás Maduro "está louco como uma cabra". O alerta de Mujica soou há oito anos. Revelou-se premonitório. Desgovernada, a cabra não se conforma com o veto brasileiro à entrada da Venezuela no Brics. Decidiu fabricar uma crise.
Maduro chamou de volta o embaixador venezuelano em Brasília, Manuel Vadell. E mandou passar um pito na representação diplomática do Brasil em Caracas. Como a embaixadora brasileira Glivânia de Oliveira está de férias, coube ao encarregado de negócios da embaixada, Breno Hermann, receber a reprimenda.
Hermann foi avisado de que Maduro está tiririca com o companheiro Celso Amorim. Acusa o assessor internacional do Planalto de se comportar como um mensageiro do imperialismo norte-americano. Amorim havia declarado que seria "inoportuna" a entrada da Venezuela no Brics. Realçara que a "confiança" que marcava as relações com o regime de Maduro "se quebrou".
A paulada em Amorim, antigo aliado da Venezuela, tem outro destinatário. O alvo de Maduro é Lula. O mesmo Lula que tratou uma ditadura absoluta como democracia relativa. O mesmo que declarou que "a Venezuela vive um regime muito desagradável", com "viés autoritário", mas "não é uma ditadura."
A escalada de ataques de Maduro a Lula e ao Brasil foi reiteradamente ignorada. Quando isso ocorre, o ofendido acaba merecendo as ofensas. O Planalto descobre da pior maneira o valor de um antigo provérbio português segundo o qual "ninguém se livra de pedrada de doido e de coice de burro". Ou do coice de uma cabra louca.
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