Trump quer impor sua vontade a americanos, gregos e marcianos
A anexação do Canadá, a ocupação da Groenlândia, a retomada do canal do Panamá e o cerco tarifário à China eram apenas aperitivos. A verdadeira prioridade de Trump, revelada no discurso de posse, é "plantar" em Marte as "estrelas e listras" da bandeira dos Estados Unidos.
Ainda não se ouviu piada nova sobre extraterrestres e suas reações às esquisitices humanas. Extinguiram-se as estranhezas dos marcianos com a Terra. Musk foi nomeado puxa-saco oficial. Zuckerberg virou abanador voluntário. E o MacDonald's sacrificou suas metas de diversidade no altar de Trump.
Depois de sair da OMS e do Acordo de Paris, fechar os Estados Unidos e dominar o mundo, Trump quer transformar o modo americano de prosperar numa experiência interplanetária. Levará para o terreno baldio de Marte o MacDonald's, as redes sociais e todos os valores extravagantes que foram avalizados pelas urnas.
Quando conhecer o Big Mac com fritas, o homenzinho verde talvez engula mais facilmente a tese do imperador laranja de que o Estado deve ser "cego à cor da pele". Seduzido pelos algoritmos e pelos vários sabores de milk shake, digerirá a teoria segundo a qual só há dois gêneros possíveis: marciano e marciana.
Tratado ao final do primeiro mandato como um pseudo-rei, com prazo de validade encurtado de oito para quatro anos, Trump adota no seu retorno à Casa Branca, desde o discurso inaugural, o timbre do poderoso absoluto. Supõe que os Estados Unidos, o mundo e Marte estão submetidos à sua vontade imperial.
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