Quaest mostra que 2026 virou janela aberta para insondável
São três as principais novidades expostas na sondagem eleitoral da Quaest. 1) Beneficiado pela pulverização da direita, Lula seria favorito se a sucessão fosse hoje. Mas está longe de ser imbatível. 2) Empatado tecnicamente com Tarcísio de Freitas, Pablo Marçal e Gusttavo Lima, Eduardo Bolsonaro entrou no jogo. 3) Nenhum candidato entusiasma o eleitorado, pois na pesquisa espontânea, sem a exibição de nomes, 78% disseram estar indecisos. Ou seja: 2026 virou uma janela aberta para o insondável.
Os dados eleitorais compõem pesquisa divulgada na semana passada sobre o desempenho de Lula e sua gestão. Pela primeira vez, a taxa de reprovação de Lula e do governo foram maiores que os índices de aprovação. Ainda assim, Lula prevaleceria nos quatro cenários de primeiro turno esboçados pela Quaest, com percentuais que variam entre 28% e 33%. É menos do que os 48,4% que obteve, contra adversários diferentes, nas urnas do primeiro round de 2022.
No segundo turno, Lula também venceria os adversários testados com percentuais que vão de 41% a 45%. De novo, é menos do que os 50,9% de votos que amealhou na sucessão de 2022, quando venceu Bolsonaro na rodada final pela diferença de 1,8 ponto percentual. Hoje, num tira-teima contra Lula, Gusttavo Lima teria 35% dos votos. Eduardo Bolsonaro, Pablo Marçal e Tarcísio de Freitas somariam 34%.
Fica entendido que o principal adversário de Lula é o próprio Lula, cujo desempenho eleitoral depende do que for capaz de realizar nos dois últimos anos de governo. O maior estorvo da direita é Bolsonaro, que pode enxergar na pesquisa estímulos para apoiar o filho Eduardo, não Tarcísio, o primeiro da fila do centrão. Nessa hipótese, 2026 seria uma guerra de rejeições. Lula é rejeitado por 49% dos eleitores. Eduardo desperta a ojeriza em 54%.
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