Ao retaliar, China dá um prazo a Trump para adquirir algum juízo
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Arrastado por Trump para um faroeste comercial, o presidente chinês Xi Jinping reagiu com método e estrategicamente. Trump atirou primeiro e a esmo, impondo tarifa de 10% sobre todas as exportações da China. Em resposta, Xi sacou a arma. Mas desenhou a trajetória da bala antes de puxar o gatilho. Seletivo, mirou nos interesses mais estratégicos do rival. Anunciou para 10 de fevereiro taxas de 15% sobre o carvão e o gás, e 10% sobre petróleo e equipamentos agrícolas.
De quebra, Pequim colocou empresas logomarcas americanas de moda e biotecnologia num rol de empresas inconfiáveis, abriu investigação contra o Google e anunciou para 11 de fevereiro o controle sobre a exportação para os Estados Unidos de produtos que contenham elementos nobres como tungstênio.
Comportando-se como um Billy, The Kid pós-moderno, o mandachuva chinês não fugiu do tiroteio. Mas atirou em câmera lenta. Na segunda-feira, a Casa Branca havia informado que Trump poderia trocar um telefonema com Xi Jinping nos próximos dias. Pois o camarada Xi deu uma semana de prazo para que Trump encontre algo que se pareça com juízo.
Foi como se Xi Jinping informasse que não está interessado em transformar o comércio mundial num saloon hipertrofiado. Mas dispõe de munição. De resto, países da América do Sul e da Europa olham para Pequim como uma porta de oportunidades enquanto aguardam na fila por uma das balas perdidas de Trump.
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