A caminho da cadeia, Bolsonaro ainda lidera a oposição no Brasil
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Já se sabia que o convívio com um Bolsonaro inelegível, indiciado e indefensável não seria fácil. O capitão se esforça para tornar a coisa mais complicada.
Às vésperas de ser denunciado pela Procuradoria ao Supremo, Bolsonaro desfila pelos salões do Senado como se nada tivesse sido descoberto sobre ele. É tratado como líder da oposição pelos membros de sua falange legislativa e também pelos aliados de Lula.
O futuro réu participa de almoço semanal da bancada antigovernista do Senado. Tenta manter duas pautas no noticiário: a anistia ao golpismo e a pressão sobre o governo. Prefere o "fora Lula 2026" ao "impeachment já". Conhece os limites do arranjo que colocou os votos do PL e do PT no colo do senador Davi Alcolumbre e do deputado Hugo Motta na sucessão interna do Senado e da Câmara.
Pelo andar da carruagem, é provável que Bolsonaro seja condenado criminalmente ao longo de 2025. Já está banido das urnas até 2030. Pode pegar até 28 anos de cadeia. A nova conjuntura deveria levar a direita a se endireitar, reinventando-se. Ocorre o oposto.
Primeiro da fila do conservadorismo, Tarcísio de Freitas mantém a mão no caixão do padrinho. "Nossa esperança [para 2026] é a maior liderança da direita, que hoje está no PL e que vai voltar a ser o nosso presidente da República, que é Jair Messias Bolsonaro", disse o governador paulista nesta segunda-feira.
Nem o derretimento de Lula nas pesquisas livrou Tarcísio de sua bola de ferro.
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