Comissão da Câmara torna-se bumbo de Eduardo Bolsonaro
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A Comissão de Relações Exteriores da Câmara foi convertida por Bolsonaro e o PL num palco para exposição da teatralidade do autoexílio de Eduardo Bolsonaro. Sob a presidência do deputado bolsonarista Filipe Barros, a comissão revestirá com um verniz institucional o plano do filho do capitão de avacalhar a imagem do Brasil nos Estados Unidos.
O novo presidente da comissão transformou sua estreia num circo de horrores. Chamou de "ato heroico" a fuga de Eduardo. Acha que o "amigo" foi forçado a "fugir de uma iminente perseguição de suas liberdades". Disse que trabalhará para que a "democracia volte a ficar de pé" no Brasil.
Em entrevista ao jornal Valor, o deputado informou que conversará semanalmente com Eduardo, para ajustar a agenda da comissão às conveniências do fujão, oferecendo-lhe suporte institucional. Filipe Barros foi ao ponto: "Se o Eduardo marcar reunião com uma autoridade americana, nós podemos mandar uma comissão para acompanhá-lo".
Mais: "Vamos fazer audiências públicas, convidar pessoas que sofrem com o autoritarismo em outros países, interagir com parlamentares. Enfim, vamos fazer barulho". Nesse circo, a Comissão de Relações Exteriores fica no papel de bumbo da desqualificação, reservando ao brasileiro que financia a bilheteria o figurino de bobo.