Tarifaço de Trump prova que países também se suicidam
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As chamadas "tarifas recíprocas" que Trump levou à vitrine nesta quarta-feira têm a aparência de um tarifaçocídio. Ao detonar uma guerra comercial global, o inquilino laranja da Casa Branca mostra que países também se matam.
O suicídio é uma coisa íntima, a coisa mais íntima que alguém pode fazer. Normalmente, o instinto suicida de Trump não seria da conta de ninguém. Mas, considerando-se as consequências, espanta a falta de reação doméstica. Exceto pelos ruídos das pesquisas e por trincheiras pontuais abertas por juízes, o que se vê é a debilidade do contraponto no Legislativo e no poder econômico dos Estados Unidos.
Biden deixou para Trump inflação estável, juros em queda e crescimento econômico com viés de alta. O "Dia da Libertação" de Trump aprisiona empresas e consumidores americanos num cenário de carestia e desaquecimento. Um flerte com a recessão.
Como o suicídio de Trump afeta a economia global, o mundo alerta para os riscos. Mas chamar a atenção de Trump tornou-se uma atividade perigosa. Quanto mais é criticado, mais ele põe fogo aos valores liberais outrora cultuados pela maior economia do planeta.