América dos delírios de Trump encolhe antes de ficar grande
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A megalomania, quando é desmedida, acaba virando mania de pequeneza. A essa altura, se abrir negociação com a China, Trump sairá menor da guerra comercial que deflagrou. Se não recuar, ficará menor ainda. Talvez nem precise mais virar as maçanetas da Casa Branca. Passará por baixo das portas.
Trump cutucou Xi Jinping com uma tarifa de 34%. A China respondeu com uma taxação do mesmo calibre. Irritado, Trump ameaça agora impor tarifas adicionais de 50% à importação de produtos chineses. O camarada Xi mandou dizer, novamente, que paga para ver.
Mantida a escalada insana, as duas economias vão padecer. Mas os americanos sofrerão muito mais. Na pauta de exportações dos Estados Unidos para a China, brilham a soja, os aviões e o maquinário pesado. Os chineses vendem para os americanos algo como US$ 435 bilhões a mais do que compram. Despejam no quintal de Trump eletrodomésticos, roupas, calçados, móveis, brinquedos, o diabo.
Os consumidores americanos perdem porque os preços sobem. Os empresários perdem porque as vendas e o lucro caem. O mundo perde porque a insanidade unilateral leva à recessão global. Trump perde porque a América dos seus delírios será encolhida nas urnas da eleição de 2026 antes de se ficar grande.