Denúncia da PGR intima Lula a demitir Juscelino rapidamente
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Lula tem até o final da tarde para enviar ao Diário Oficial o ato de exoneração do ainda ministro Juscelino Filho. Sob pena de desacreditar sua própria palavra.
Um presidente da República é a soma não só das suas decisões, mas também das hesitações ou de tudo o que, pensando melhor, decidiu não fazer. No caso de Juscelino, é grande o acúmulo de omissões.
O problema não é que Juscelino deveria ter sido demitido há mais de um ano. A questão é que o personagem, agora formalmente denunciado por desviar verbas do antigo orçamento secreto, jamais deveria ter sido nomeado.
Ao abrigá-lo na Esplanada, Lula flertou com a temeridade. Ao mantê-lo no cargo depois do indiciamento da Polícia Federal, em junho do ano passado, converteu a sobrevida de Juscelino num processo de autodesmoralização.
Em entrevista ao UOL, Lula prometera enviar o ministro ao olho da rua tão logo o indiciamento por corrupção e lavagem de dinheiro fosse convertido pela Procuradoria em denúncia ao Supremo. O relógio está correndo.