Abin paralela de Bolsonaro vira lambança oficial da gestão Lula

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O Planalto ainda não encontrou uma solução para a Agência Brasileira de Inteligência. Mas desenvolveu uma grande admiração pelo problema. Conseguiu a façanha de transformar a Abin paralela de Bolsonaro numa lambança oficial da gestão Lula.
Inquérito aberto na Polícia Federal para mapear os passos de Alexandre Ramagem na espionagem ilegal de desafetos de Bolsonaro ameaça deixar sem os pés o sucessor dele na chefia da Abin, Luiz Fernando Corrêa. Nomeado por Lula, Corrêa foi interrogado nesta quinta-feira na condição de suspeito.
São duas as suspeições. Numa, Corrêa é acusado de obstruir as investigações junto com seu ex-número dois, Alessandro Moretti, também interrogado. Noutra, desconfia-se que avalizou uma invasão hacker contra autoridades do Paraguai. Coisa planejada sob Bolsonaro e executa sob Lula. Delegado federal de carreira, Corrêa é desafeto do colega Andrei Rodrigues, chefe da PF.
A melhor hora para consertar a Abin é dois anos atrás, quando Lula iniciou o terceiro mandato. A segunda melhor hora é imediatamente. O presidente poderia fazer acontecer. Preferiu mandar que Rui Costa, o chefe da Casa Civil, fizesse acontecer. Dias atrás, Lula convocou uma reunião para perguntar aos protagonistas da crise o que está acontecendo. A inteligência brasileira escorre do fundo do poço para o poço sem fundo.
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