'Ameaçado, ele dobra aposta', diz ministro do STF sobre Moraes
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A ameaça do chefe do Departamento de Estado americano Marco Rubio de impor sanções contra Alexandre de Moraes virou assunto nos bastidores do Supremo. A avaliação interna é que o tiro, se for disparado, sairá pela culatra.
"Sempre que se sente ameaçado, ele dobra a aposta", disse um ministro do Supremo sobre a disposição do relator da ação penal que trata da tentativa de golpe. O colega disse que Moraes lhe pareceu despreocupado. Afirmou não ter dinheiro nem propriedades nos Estados Unidos.
Para o ministro, a ameaça do chefe da diplomacia dos Estados Unidos é mal fundamentada —"Violação de direitos é piada"—, mal disfarçada —"Traz as digitais de Eduardo Bolsonaro"— e mal orientada —"Chega na hora em que o brigadeiro Baptista Júnior confirma no Supremo revelações corrosivas."
De resto, disseminou-se no Supremo a percepção de que eventual sanção da Casa Branca não atingiria apenas Moraes. Seria recebida como uma intromissão externa no Judiciário brasileiro e, no limite, uma agressão à própria soberania nacional. Nesse ponto, a avaliação do tribunal coincide com a do governo brasileiro.
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