Tolerância com a fome em Gaza expande fronteira da intolerância
Ler resumo da notícia
Ainda está em curso a investigação do assassinato covarde de um jovem casal israelense do lado de fora do Museu Judaico de Washington. Mas o ódio que inspirou o homicida estabelece da pior maneira um vínculo inevitável entre a cena do crime e a Faixa de Gaza. O assassino gritou "Palestina Livre" ao ser preso. Nenhuma causa justifica a morte.
Netanyahu se disse "chocado" com a crueldade do assassino. Trump postou que a motivação foi obviamente o "antissemitismo". A prefeita de Washington, Muriel Bowser, disse que "não toleraremos essa violência ou ódio em nossa cidade."
O gatilho que matou o casal a sangue frio foi puxado num instante em que correm o mundo as imagens de dezenas de palestinos famintos estendendo panelas vazias em Gaza. Durante 11 semanas, Israel barrou a entrada comida. Na segunda-feira, permitiu a passagem de poucos caminhões.
Desde a incursão terrorista do Hamas, em 7 de outubro de 2023, no maior ataque contra judeus desde o holocausto, avolumam-se as evidências de que a resposta do gabinete Netanyahu se tornou criminosamente desproporcional. Deseja-se eliminar não o Hamas, mas os próprios palestinos.
Nos últimos dias, a palavra "intolerável" foi usada em comunicados dirigidos a Netanyahu pelo Reino Unido, França, Canadá e União Europeia. Ameaçam impor retaliações a Israel. É pouco.
A tolerância do mundo com a destruição de Gaza e a fome dos palestinos sobreviventes expande as fronteiras da intolerância. É preciso impor punição rápida e rigorosa ao assassino de Washington e também ao carniceiro de Tel Aviv.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.