Josias de Souza

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Opinião

Tribunal mostra que problema de Trump é a tirania, não a tarifação

Ao travar a política tarifária da Casa Branca, um tribunal federal de comércio dos Estados Unidos levantou um debate de importância histórica. A decisão mostrou que está em jogo não o desejo de Trump de impor tarifas ao mundo, mas a sobrevivência de um sistema que impõe limites ao exercício arbitrário do poder.

Sediado em Manhattan, o Tribunal de Comércio Internacional julgou ações movidas por 13 estados americanos e cinco pequenas empresas -de importadora de bebidas a fabricante de instrumentos musicais. A Corte concluiu que Trump violou a lei ao taxar as importações sem autorização do Congresso. Trump já recorrer.

Na década de 70, o Congresso americano concedeu ao presidente o poder de tarifar produtos estrangeiros a seu bel-prazer apenas em situações de "emergência". Trump aproveitou a imprudência legislativa para criar uma emergência imaginária. Utiliza como pretexto a "libertação" dos Estados Unidos de um déficit comercial com o qual o país convive há décadas.

Na prática, Trump substituiu o Estado de Direito, no qual seu governo precisaria coexistir com o Legislativo e os tribunais, pela tirania. Os americanos assistem a um ataque do seu presidente contra a própria República. O custo do despotismo tarifário não se compara ao prejuízo decorrente da demolição da democracia americana. O tribunal de Manhattan ergueu uma barricada. É preciso

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