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Justiça autoriza de novo Suzane Richthofen a sair da prisão para estudar
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Presa em regime semiaberto na Penitenciária Feminina de Tremembé, no Vale do Paraíba, Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos pelo assassinato dos pais, foi autorizada mais uma vez pela Justiça a sair imediatamente da prisão fazer outro curso na Universidade Anhanguera, na cidade vizinha de Taubaté.
Dessa vez a presidiária poderá fazer o curso de bacharelado em Farmácia. Para assistir às aulas, Suzane foi autorizada a deixar a unidade prisional a partir das 17h e retornar às 23h55.
A liminar foi concedida na última sexta-feira (10/09) pelo desembargador José Damião Pinheiro Machado Cogan, da 5ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Segundo o desembargador, Suzane "está presa há 19 anos, cumprindo pena há longo tempo em regime semiaberto e não registra qualquer falta prisional".
O desembargador argumentou que "se a lei almeja a reintegração social na há razão para que Suzane fique sem frequentar a faculdade onde conseguiu matrícula e financiamento de seu curso, tendo sido aprovada no Enem".
Cogan observou também que a presa apresenta ótimo comportamento carcerário e que estão presentes os requisitos legais. O desembargador mencionou ainda que a faculdade fica a 20 minutos do estabelecimento prisional.
A defesa de Suzane havia protocolado o pedido de liminar em 12 de agosto deste ano, porque as aulas começariam quatro dias depois. A diretoria do presídio concordou com a saída temporária da presa.
Já O MPE-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) manifestou-se contra a autorização, sob o argumento de que a segurança de Suzane Richthofen não poderia estar garantida.
Defensores da presidiária sustentaram que a saída dele da prisão para estudar é um direito cristalino e elemento essencial para a garantia de sua harmônica integração social e retorno ao convívio da sociedade.
Essa não é a primeira vez que Suzane é autorizada a deixar a prisão de regime semiaberto para estudar. Em abril de 2016, a Justiça liberou a prisioneira para fazer o curso de Administração, também na Universidade Anhanguera de Taubaté.
Quando foi acusada de matar os pais Manfred e Marísia Richthofen, em 31 de outubro de 2002, Suzane fazia o curso de bacharelado em Direito na PUC (Pontifícia Universidade Católica), no bairro de Perdizes, na zona oeste de São Paulo.
O crime aconteceu na mansão da família, no Brooklin, zona sul paulistana. Segundo investigações da Polícia Civil, Suzane teve a ajuda do então namorado Daniel Cravinhos e do irmão dele, Christian. Ambos também foram presos e condenados pelo duplo homicídio.
O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) apurou que depois de participar da morte dos pais, Suzane foi para o motel com o namorado. No dia do enterro de Manfred e Marísia, ela apareceu chorando incessantemente.
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