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SP: Indicação da "bancada da bala" pesou na escolha do novo delegado-geral
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O apoio de deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, especialmente de parlamentares da chamada "bancada da bala", formada por policiais civis e militares, pesou e muito na escolha de Osvaldo Nico Gonçalves, 65, para o cargo de delegado-geral da Polícia Civil.
Nos bastidores policiais os comentários são de que, além do elogiado currículo profissional de Nico e da indicação dele pela "bancada da bala", foram decisivos para a sua nomeação o fato de ser amigo do governador Rodrigo Garcia (PSDB) e também por ser considerado um homem midiático.
Policiais civis ouvidos pela reportagem disseram que um dos defensores da nomeação de Nico para o posto máximo da Polícia Civil de São Paulo foi o deputado estadual Delegado Olim (PP). Segundo investigadores, ambos são amigos há décadas.
Já a amizade com Rodrigo Garcia vem desde os tempos em que o governador era deputado estadual. Os dois têm algo em comum: são torcedores do Santos Futebol Clube.
Combate a quadrilhas de pix
Na Polícia Civil desde 1979, Nico já adiantou que uma de suas prioridades à frente da corporação será o combate às quadrilhas de Pix e de falsos entregadores.
Ele ficou famoso e conhecido na mídia após prender criminosos envolvidos em casos de grande repercussão, como os sequestradores do publicitário Washington Olivetto, em 2001; o jornalista Pimenta Neves, em 2011, acusado de matar a namorada; e o médico Roger Abdelmassih, em 2014, condenado por abusar de pacientes.
Osvaldo Nico Gonçalves substitui Ruy Ferraz Fontes. O novo delegado-geral foi fundador do primeiro GOE (Grupo de Operações Especiais), unidade de elite da Polícia Civil. Ele chefiava desde 2019 o Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas).
A escolha dele foi divulgada ontem (26) por Rodrigo Garcia. O governador de São Paulo anunciou ainda o nome do novo comandante-geral da Polícia Militar, Ronaldo Miguel Vieira, 51, e da procuradora-geral do Estado, Inês dos Santos Coimbra, 44, primeira mulher negra a ocupar o cargo.
A coluna procurou o novo delegado-geral. Mas ele não atendeu às ligações.
O coronel Vieira entrou na PM em 1989 e foi promovido à mais alta patente da corporação em 2019. Chefiou o CPA/M-1 (Comando de Policiamento de Área Metropolitano-1), o Regimento de Polícia Montada 9 de Julho, o CPChoque (Comando de Policiamento de Choque) e outros cinco batalhões.
Já Inês dos Santos Coimbra é procuradora estadual de carreira há 18 anos. Ela é mestre em Direito do Estado pela PUC-SP e professora do curso de especialização em Direito Administrativo da instituição. Inês substitui Maria Lia Pinto Porto Corona, que ocupava o cargo desde 2019.
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