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Irmão de Marcola é alvo de nova investigação por lavagem de dinheiro em SP
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Preso na Penitenciária Federal de Brasília, Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, 50, irmão de Marco Willians Herbas Camacho, 54, o Marcola, apontado como líder máximo do PCC (Primeiro Comando da Capital), é alvo de outra investigação por suspeita de lavagem de dinheiro.
Júnior está na mira do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado), subordinado ao MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), e da Polícia Federal. A mulher e uma filha dele, além de outras nove pessoas, também são investigadas.
A reportagem não conseguiu o contato com os advogados de Júnior, mas publicará na íntegra a versão dos defensores dele assim que houver uma manifestação.
Os suspeitos são donos de confecções e lojas de roupas, cosméticos e comércio varejista de bebidas. Na capital paulista, as empresas estão espalhadas pelos bairros do Tatuapé, zona leste, Santana, zona norte, e Lapa, zona oeste. Há propriedades ainda na Grande São Paulo e Baixada Santista.
Existem fortes indícios de que Júnior seja ligado a Elidiane Saldanha Lopes Lemos, 39, e ao marido dela, Ciro César Lemos, 44. A mulher tinha uma transportadora de veículos nas imediações da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP) e é acusada de ter lavado R$ 23 milhões para o PCC.
Ciro é ex-presidiário e foi condenado por tráfico de drogas e associação ao tráfico. O casal teve a prisão preventiva decretada no mês passado e, segundo a Polícia Civil, está foragido.
O advogado Roberlei Cândido de Araújo, defensor de Elidiane e Ciro, afirmou que seus clientes são inocentes de todas as acusações. Ele acrescentou que a verdade prevalecerá no decorrer do processo e que todas as medidas necessárias para reverter esse quadro estão sendo tomadas.
A empresa de Elidiane e Ciro, registrada com o nome de Lopes Lemos transportes, ficava localizada perto da P-2 de Presidente Venceslau, onde a cúpula do PCC ficou presa até fevereiro de 2019, quando foi removida para presídios federais.
O Gaeco investiga se o PCC montou a empresa para o casal como forma de lavar dinheiro do tráfico de drogas e também como estratégia para usar os veículos da transportadora como logística em uma possível ação de resgate de presos na P-2 de Venceslau, um forte reduto da facção criminosa.
Outra investigação
Pessoas ligadas a Júnior também são investigadas pelo Ministério Público em um outro processo por lavagem de dinheiro. O Gaeco e a Polícia Federal já sabem que os suspeitos organizaram festas caríssimas em bairros nobres de São Paulo, inclusive com a presença de "celebridades".
Júnior foi investigado por lavagem de dinheiro pela primeira vez em meados de 2006. Dez anos depois, ele e outros três acusados foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público. O processo continua tramitando.
As investigações do MP-SP e da Polícia Civil de São Paulo apontaram que o irmão de Marcola, quando ainda estava foragido, abriu conta bancária com o nome falso de Paulo Cézar Albuquerque de Souza.
Ele foi acusado de ter movimentado R$ 504 mil em uma conta corrente, entre depósitos e saques, no período de 2002 até abril de 2006, quando foi preso por agentes do Denarc (Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico) no Tatuapé.
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