Sultão do PCC da Bahia é preso em cobertura de R$ 5 milhões em SP
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Uma cobertura avaliada em R$ 5 milhões na Vila Leopoldina, bairro de classe alta na zona oeste de São Paulo, era o endereço de Bruno Teixeira da Silva, 32, o Sultão do PCC, fundador na Bahia da facção criminosa KLV (Komando da Linha Verde), aliada ao PCC (Primeiro Comando da Capital).
O criminoso, também conhecido como Bruno Cabeça, foi preso ontem por agentes da Polícia Federal e policiais civis da Bahia e de São Paulo, em um luxuoso condomínio. Ele foi flagrado na cobertura com duas companheiras.

A prisão ocorreu no âmbito da Operação Mente Bloqueada, uma ação conjunta da Ficco (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado) da Bahia e de São Paulo. No apartamento de alto padrão foram apreendidos telefones celulares e joias.
Segundo a Polícia Federal, Bruno tinha forte atuação na cidade de Camaçari, na Bahia, e em outros municípios da região metropolitana de Salvador. O criminoso, afirma a PF, coordenava assassinatos, ocultação de cadáveres, sequestros e tráfico de drogas.
Sultão do PCC é investigado por uma série de homicídios e foi apontado como um dos criminosos mais procurados da Bahia. O faccionado também é acusado de ter ordenado ataques contra rivais em outros estados e mantinha papel estratégico e de alto escalão na organização KLV.
Na Bahia, ele implantava o terror. A Polícia Civil afirma que ele foi mandante de dois homicídios e participou de um terceiro. Agia com crueldade. Cortava parte dos corpos das vítimas e jogava os restos mortais nas ruas. Também cobrava taxas de empresários e comerciantes para que não fossem assaltados.

Preso no Ceará
Em 16 de julho de 2017, ele foi preso pela Polícia Civil do Ceará em um baile funk na Praia do Futuro, em Fortaleza. Morava havia sete meses na capital cearense e possuía dois mandados de prisão em aberto, entre eles um por crime de homicídio, na Bahia.
Em Fortaleza, Bruno vivia em um apartamento no bairro Vicente Pinzón. No imóvel foram encontrados cadernos com a contabilidade do tráfico de drogas e diversos celulares. Na garagem do prédio foi apreendido um veículo HB-20.
Sultão do PCC foi conduzido para o Code (Complexo de Delegacias), no bairro do Aeroporto, na capital do Ceará. Na unidade prisional, os agentes apuraram que ele havia recebido telefones celulares de um funcionário terceirizado corrompido. O faccionado foi solto meses depois.
Na ocasião em que esteve preso em Fortaleza, a facção KLV foi acusada pelas autoridades baianas de ter coordenado o assassinato do cabo da Polícia Militar Eduardo Olímpio dos Santos Filho. O crime aconteceu em 2015 em Monte Gordo, no distrito de Camaçari.
A reportagem não conseguiu contato com os advogados de Bruno Teixeira da Silva. O espaço continua aberto para manifestações. O texto será atualizado assim que houver um posicionamento dos defensores dele.
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