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Juliana Dal Piva

REPORTAGEM

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Padilha diz que desconfia de integrantes das Forças Armadas por golpismo

Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais - Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Colunista do UOL

10/01/2023 10h48

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O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou em entrevista ao programa Roda Viva, na noite de segunda-feira (9), que um conjunto de instituições brasileiras está contaminado por um golpismo defendido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e que, por isso, desconfia de membros das Forças Armadas. Ele foi questionado se, em função dos últimos episódios de ataques, o governo desconfiava das Forças Armadas.

"Existe desconfiança sobre indivíduos? Sobre Pessoas que compõem as Forças Armadas? Existe porque tem um conjunto de instituições brasileiras que foram contaminadas pelo bolsonarismo e pelo golpismo. Contaminadas por essa experiência da extrema-direita internacional que não respeita a democracia", afirmou Padilha. O ministro, porém, não citou nomes.

Para Padilha, além de integrantes das Forças Armadas, outros agentes públicos tentaram reproduzir no Brasil o episódio de ataque ao Capitólio, nos EUA, no início de 2021.

"Parece que tem indivíduos nas Forças Armadas e em outras forças de segurança que parece que fazem uma gincana tentando copiar o Capitólio. Foi isso que tentaram ontem. Existe sim desconfiança sobre indivíduos das Forças Armadas, mas não em relação às instituições", completou o ministro.

Segundo Padilha, o presidente Lula optou pela intervenção federal na segurança do Distrito Federal porque considerou o "remédio mais adequado" para o ataque e a retomada da ordem em Brasília, no domingo (8).

Desde os ataques de domingo, as Forças Armadas estão sendo cobradas por terem permitido acampamentos em frente a quartéis por todo o país. Após a destruição nos principais prédios da Praça dos Três Poderes, militares chegaram a impedir, no domingo, à noite, a retirada do acampamento em frente ao QG do Exército em Brasília. Apenas na manhã de segunda-feira, o acampamento foi desfeito.