Levar eleição dos EUA à Suprema Corte não seria fácil nem seguro para Trump
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Será preciso ver se o presidente Donald Trump e o Partido Republicano partirão da ameaça para uma ação concreta a fim de judicializar a apuração eleitoral na Suprema Corte dos Estados Unidos. Há todo um caminho tortuoso, que passa por instâncias do Judiciário, para a questão ser decidida no mais alto tribunal do país.
Num país tão polarizado e com a tradição de votos pelo correio, será que a Suprema Corte vai meter o bedelho nesse vespeiro se, de fato, tiver de lidar com um pedido concreto?
O voto antecipado é uma tradição dos Estados Unidos. Votar pelo correio aconteceu no meio da Guerra Civil americana (1860-1865), quando o presidente Abraham Lincoln se reelegeu em 1864. Os estados têm autonomia na federação para estabelecer suas regras eleitorais.
Trump não tem nenhuma evidência de fraude na eleição. É mentira postar nas redes sociais que haverá fraude na apuração. O republicano também tem recebido votos significativos via correio, porque, em muitos estados, os republicanos utilizam esse método de escolha.
O presidente americano preparou o circo na Suprema Corte. Apontou e aprovou no Senado três ministros no seu mandato. A mais recente indicação em plena reta final da eleição, a da juíza federal Amy Coney Barrett, consolidou maioria conservadora no tribunal. Dos 9 ministros da Suprema Corte, 6 são conservadores e 3 liberais.
Como se confirmou o cenário de disputa mais apertada, com forte dependência de resultados de estados do meio-oeste, Trump seria capaz de partir para ação no tapetão se enxergar que o caminho para obter os 270 votos (maioria absoluta dos 538 delegados) no Colégio Eleitoral não vai ser viável? Sim.
Mas os democratas também podem judicializar a disputa, a depender das margens que prevalecerem nos resultados finais. Em resumo, não será fácil levar a questão à Suprema Corte e vencer. Melhor contar todos os votos.
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