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Kennedy Alencar

REPORTAGEM

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Militares pedem a Mourão para não ser vice de Bolsonaro em 2022

29.mar.2021 - Vice-presidente Hamilton Mourão recebe primeira dose da vacina contra o coronavírus - Reprodução/Twitter
29.mar.2021 - Vice-presidente Hamilton Mourão recebe primeira dose da vacina contra o coronavírus Imagem: Reprodução/Twitter

Colunista do UOL

08/04/2021 20h25

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Email inválido

O vice-presidente Hamilton Mourão tem ouvido conselhos de militares para não repetir a dobradinha com Jair Bolsonaro em 2022. Cresce entre os militares da ativa um desejo de se afastar do presidente, apesar de as Forças Armadas serem sócias do desastre que é o atual governo.

Mourão e Bolsonaro têm relação ruim. O presidente teve durante muito tempo o desejo de se livrar do atual vice numa candidatura à reeleição. Isso mudou agora. No entorno de Bolsonaro, há quem diga que manter Mourão seria uma forma de continuar a ter algum apoio militar.

O vice-presidente tem escutado até pedidos para tentar encabeçar uma chapa, mas ele diz que considera uma aventura concorrer ao Palácio do Planalto.

Perigo

Bolsonaro foi aconselhado a tentar melhorar a relação pessoal com Mourão. Com uma CPI da Pandemia a ser instalada no Senado, a sugestão faz mais sentido ainda.

O nome

Na campanha eleitoral de 2002, o PT deixou correr solta a especulação de que um empresário seria ministro da Fazenda. Quando foi eleito, Lula disse que o posto seria de um petista de sua confiança. Antonio Palocci Filho foi o escolhido.

Caso Lula volte ao poder, a fórmula deve ser repetida. Fernando Haddad é o nome com mais força hoje junto a Lula. Poderia comandar a Casa Civil ou a economia. Uma candidatura ao governo paulista entrou no radar do ex-ministro da Educação. O projeto presidencial perdeu força com a volta de Lula ao jogo eleitoral.

Lado errado da História

Não surpreendeu ninguém o voto de Dias Toffoli a favor da tese de Nunes Marques para liberar missas e cultos no auge da pandemia.

Pressão federal

A instalação de uma CPI no Senado para investigar crimes de Bolsonaro e de seus ministros da Saúde é uma ótima notícia para quem defende pressão sobre o governo a fim de que haja alguma racionalidade no combate à pandemia. Não faltam crimes a serem investigados. Eventual impeachment volta a assombrar Bolsonaro.

Está se apequenando rapidamente

Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, fica mal na foto com a opinião pública devido à decisão do ministro do STF Roberto Barroso para que seja instalada a CPI da Pandemia. Pacheco se omitiu e terá de agir por ordem do Supremo. Mas ele fica bem com Bolsonaro, que tem ouvido o senador mineiro em nomeações para o governo.