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Posse de Moraes no TSE teve impacto maior que atos de 11 de agosto
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A posse de Alexandre de Moraes foi maior do que os atos de 11 de agosto em termos do impacto político em defesa da democracia brasileira. O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) assumiu nesta terça, 16 de agosto, a presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A importância da posse no TSE pode ser medida pelo comparecimento de quatro ex-presidentes: os emedebistas José Sarney e Michel Temer e os petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Fernando Henrique Cardoso (PSDB) só não foi devido a um problema de saúde. A ausência de Fernando Collor de Mello (PTB) preencheu uma lacuna.
Os principais candidatos à Presidência também estiveram no evento: o presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula, Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB). Deputados federais e senadores de diversos partidos também compareceram. Uma frente ampla e suprapartidária em defesa do nosso sistema eleitoral se formou no plenário do TSE.
Se as cartas de 11 de agosto mostraram a força da sociedade civil para resistir ao golpismo de Bolsonaro, incluídos grandes empresários e suas entidades representativas, o 16 de agosto evidenciou a união da classe política contra as ameaças autoritárias do atual presidente da República, que ouviu calado e de cara fechada um sermão de Alexandre de Moraes em defesa da democracia.
A política disse não ao golpismo. A democracia brasileira ficou mais forte depois de 16 de agosto, o que torna o ato mais efetivo do que os dois eventos de 11 de agosto, a "Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa da Democracia" e o manifesto de mais de 100 entidades empresariais, sindicais e da sociedade civil "Em Defesa da Democracia e da Justiça".
A posse de Moraes no TSE isolou ainda mais Bolsonaro na sua bolha golpista (apoiadores de extrema-direita minoritários na sociedade e militares saudosos de 1964, especialmente os da reserva).
Os dias 11 e 16 de agosto foram históricos. O Brasil se afirma maior do que esse pesadelo político, econômico e social que chegou ao poder em 2018. Prestigiada na posse de Moraes, a urna eletrônica guiará Bolsonaro de volta ao lugar que ele merece na História e do qual nunca deveria ter saído: a lata de lixo.
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