Governo recebe tarifaço de Trump com alívio: 'Ficamos bem perto dos outros'

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A decisão do presidente americano Donald Trump de taxar em 10% os produtos importados do Brasil foi recebida pelo governo Lula com um certo alívio, uma vez que o país não foi tão afetado como outras nações.
Apesar disso, a expectativa é que o "tarifaço" global provoque uma grande mudança no comércio internacional.
"Diante do que são os 20% da União Europeia ou os 34% da China, ficamos bem", diz um integrante do governo brasileiro envolvido nas discussões sobre o tarifaço. "O mundo todo está tarifado, haverá um reposicionamento da economia global."
No comunicado oficial após o anúncio de Trump, o governo brasileiro criticou a medida e afirmou que as tarifas adicionais "violam" os compromissos dos Estados Unidos perante a OMC (Organização Mundial do Comércio).
Felipe Rainato, do escritório de advocacia Hondatar, especializado em comércio exterior, diz que o dano para o Brasil vai ser menor do que o que outras economias poderão sentir. "Não digo que seja mínimo, mas pode ser precificado."
A nova tarifa entra em vigor no próximo sábado. O setor de aço e alumínio já havia sido taxado em 25% e a tarifa vai permanecer.
Resposta aos EUA
Há semanas o governo brasileiro discute medidas para responder aos Estados Unidos. As conversas são lideradas pelo MDIC (Ministério de Desenvolvimento e Indústria) e pelo Itamaraty, com o apoio da Fazenda.
O Brasil entende que há espaço para seguir em conversas bilaterais com os americanos com o objetivo de conseguir aliviar a pressão sobre alguns setores.
O governo não descarta a possibilidade de fazer um alinhamento com blocos econômicos ou com outros países para uma reação conjunta aos EUA, mas pondera que nenhuma resposta precisa ser dada neste momento.
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