Letícia Casado

Letícia Casado

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
Reportagem

Anielle defende Janja após caso TikTok em reunião com Xi: 'Desproporcional'

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, saiu em defesa da primeira-dama Janja no caso envolvendo a conversa de Lula e da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, com líder chinês Xi Jinping sobre o TikTok.

Lula, Janja e um grupo de ministros participaram de um jantar reservado na China na noite de terça e a rede social entrou na pauta. Ao G1, um dos presentes disse que Janja fez uma interferência e causou "climão". O presidente negou a versão, disse que ele mesmo introduziu o tema e que Janja pediu a palavra para tratar sobre a situação de mulheres e crianças nas redes sociais no Brasil.

"Toda vez que a gente tem uma mulher à frente de uma pauta, ou que tome a frente, para falar qualquer coisa —e, neste caso, ela nem tinha tomado a frente —ela é atacada da maneira como é atacada, de uma maneira desproporcional. E muitas vezes isso recai sobre todas as mulheres do governo", disse Anielle na noite de ontem em evento do Prerrogativas, grupo de advogados ligados ao governo. O evento foi realizado na casa do advogado Pierpaolo Bottini, em São Paulo.

Também ontem a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, fez uma publicação no Instagram na qual defendeu Janja e disse que a pasta tem dedicado esforços para estudar a produção de plataformas que "ganham dinheiro espalhando misoginia".

Como mostrou a coluna, o ministério estuda uma proposta para criminalizar o discurso de ódio contra a mulher na internet via projeto de lei ou por meio de uma discriminação de gênero na lei de racismo.

Outra ministra, Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) também se posicionou em rede social contra os ataques à primeira-dama.

"É impressionante a exploração política e midiática da fala da Janja sobre o TikTok na China. Será que está proibida de dar seu testemunho sobre um tema que ela conhece e que foi levantado pelo presidente Lula num jantar com o presidente da China? Ela deveria ouvir calada por ser a primeira-dama? Ou simplesmente por ser mulher?", escreveu Gleisi no X.

"Narrativas precisam ser disputadas porque são nesses lugares que eles desqualificam", disse Anielle. "A Janja tem capacidade de falar, de se posicionar de estar onde ela quiser."

O vazamento do diálogo de um jantar reservado causou uma celeuma no governo. No voo de retorno ao Brasil, Lula deu "uma prensa geral" na comitiva e disse que o vazamento foi muito grave, segundo a colunista Mônica Bergamo.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.