Prisão de chefe do PCC dá a Lewandowski munição para acelerar PEC
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A prisão neste fim de semana do traficante Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, um dos líderes do PCC, reforça a necessidade de o Congresso analisar e aprovar a PEC da Segurança Pública, disse hoje o ministro Ricardo Lewandowski (Justiça).
Ele afirmou que o trabalho integrado de diferentes forças de segurança, nacionais e internacionais, permitiu a identificação, a prisão e a extradição de Tuta da Bolívia para uma penitenciária federal no Brasil.
"É importante fazer um registro de que estas investigações começaram em São Paulo, a partir de uma ação do combativo Ministério Público Paulista. E isto revela, inclusive, o entrosamento das forças locais de segurança, das forças que integram o sistema, com as forças federais. É justamente aquilo que almejamos com a PEC da Segurança que está tramitando no Congresso Nacional", disse Lewandowski em entrevista à imprensa.
A PEC da Segurança Pública foi enviada pelo governo ao Congresso no fim de abril e enfrenta resistências por parte da oposição e de Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goías, que ficou isolado. A proposta visa aprofundar a cooperação entre as forças de segurança.
Segundo o ministro, o combate à criminalidade deixou de ser local e precisa ser pensado de maneira ampla: "Não é mais apenas interestadual, mas é global". Por isso, afirmou, a cooperação entre todas as forças de segurança, inclusive internacionais, é essencial.
Lewandowski disse que o modus operandi das organizações criminosas é focado na atuação internacional. "Não respeitam fronteiras."
Ao longo do último ano o ministro negociou o projeto com governadores e líderes parlamentares.
O projeto pretende estabelecer diretrizes para a atuação dos estados e propor o compartilhamento de bancos de dados entre eles, padronizando protocolos.
O texto ainda vai ser analisado por comissões e deve passar por alterações antes de ir a plenário.
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