Aliados de Bolsonaro veem perseguição de Moraes a futuros candidatos
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Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) veem perseguição do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), na decretação da prisão do ex-ministro do Turismo Gilson Machado.
Machado foi detido nesta manhã por suspeita de obstrução de justiça em uma investigação que apura se ele atuou para tentar tirar o tenente-coronel Mauro Cid —delator no processo que investiga a trama golpista— do Brasil.
O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), diz que todos os pré-candidatos do bolsonarismo ao Senado em 2026 serão alvo de ações do ministro. Machado é o nome da legenda para concorrer a uma vaga em Pernambuco.
"Todo e qualquer candidato ao Senado vai ser alvo do Moraes", afirma.
De acordo com a investigação, Machado trabalhou pela emissão de passaporte português para Mauro Cid no consulado de Portugal no Recife.
À coluna, Cid disse desconhecer a iniciativa de Machado e afirmou que tentou obter a cidadania, não passaporte, de Portugal.
"Desde quando Gilson virou embaixador de Portugal, com capacidade de emitir passaporte?", questiona Sóstenes.
Ele disse, ainda, que a decisão de prender o ex-ministro é uma "cortina de fumaça" para tirar o foco da revista Veja, cuja reportagem de capa nesta semana acusa Mauro Cid de ter mentido no interrogatório no Supremo Tribunal Federal.
Uma das figuras mais próximas de Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia afirma que "o inquérito do golpe tem que ser anulado, Alexandre de Moraes joga uma cortina de fumaça, prendendo o ex-ministro de Bolsonaro".
Em caráter reservado, outro aliado do ex-presidente diz que a consequência sobre a prisão é "imprevisível".
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