Aliados de Bolsonaro defendem Michelle em 2026 com 'Posto Ipiranga 2'
Aliados da família Bolsonaro discutem a possibilidade de a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro concorrer à Presidência da República divulgando, ainda na pré-campanha, o seu ministro da Fazenda.
A possibilidade é discutida nos bastidores caso o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), decida disputar a reeleição no Estado. A chapa "dos sonhos", considerada "imbatível" por essas pessoas, teria Michelle como vice do governador.
Os políticos que ocupam cargos públicos precisam desincompatibilizar até abril de 2026 para poder concorrer em outubro. A expectativa é que o nome da direita que será apoiado por Jair Bolsonaro seja definido de maneira definitiva até março. No momento, o cenário aponta para que um dos dois seja o escolhido.
Caso encabece a chapa presidencial, dizem aliados, Michelle fará um aceno ao mercado financeiro: "Este é o Posto Ipiranga 2" —repetindo a estratégia de Jair Bolsonaro (PL) na campanha de 2018, quando ele disse que delegaria totalmente a área econômica a Paulo Guedes.
O nome ideal, afirmam, seria o do ex-presidente do Banco Central Roberto Campos Neto, hoje na iniciativa privada.
No ano passado, Campos Neto sinalizou a Tarcísio que aceitaria ocupar o cargo caso o governador fosse o candidato presidencial.
Alguns elementos estão na mesa de discussões sobre a composição de uma chapa com Michelle.
O primeiro é que seu vice teria que ser um homem, de preferência do Nordeste, região em que Lula venceu em 2022.
Neste cenário, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) é apontado como potencial candidato a vice.
A chapa, portanto, abarcaria dois dos maiores partidos, o PL e o Progressistas, além de garantir apoio de bolsonaristas de outras legendas.
No entanto, essa composição dificulta a negociação com outros partidos do centrão, como MDB e PSD, que dificilmente apoiariam um Bolsonaro para presidente.
Michelle é considerada uma peça importante no tabuleiro político de 2026 por sua capilaridade junto à população de baixa renda e evangélica.
Reportagem
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