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Madeleine Lacsko

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Bolsonaro chegou onde está pela covardia dos homens públicos

Colunista do UOL

04/08/2022 20h24

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Na Live UOL desta quinta-feira (04), falei sobre o agradecimento do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Edson Fachin, ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pela defesa do sistema eleitoral.

O ministro disse que a história irá dividir as autoridades em dois lados: os defensores da democracia e os cúmplices do "populismo autoritário".

Ontem, Pacheco abriu a sessão de retorno do recesso legislativo com um pronunciamento no qual defendeu a legitimidade das urnas eletrônicas e elogiou os trabalhos da Justiça Eleitoral.

"Os anais da história escreverão no futuro os nomes em uma das seguintes duas listas: os defensores da democracia, na qual se inscreve o senhor presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e os cúmplices do populismo autoritário. Que vença a democracia, que vença a paz e a segurança nas eleições", disse o presidente do TSE.

Com a declaração, Fachin utiliza uma dicotomia simplista e esquece que elogia alguém que compactua com tudo o que vem do governo e colabora para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) faça tudo o que quer.

O ministro coloca na lista de defensores da democracia um nome conivente com decisões do governo que têm se mostrado perigosas para o País e com o orçamento secreto. Um nome que institucionaliza cartas de repúdio como ações e que faz pronunciamentos sem mudar uma atitude sequer.

É importante lembrar que Bolsonaro só chegou onde está pela covardia dos homens públicos, que acham que, quando decidem falar o que pensam, estão tendo um enorme ato de coragem.

Na Live UOL de hoje, falamos também sobre a ideia de Jair Bolsonaro (PL) de filmar eleitores votando e usar as imagens como registro para conferir se a apuração foi correta; sobre o coach Pablo Marçal (Pros), que disse não ter renunciado a sua candidatura à Presidência e sobre a briga entre o PT e o PSB, no Rio de Janeiro.

Ao lado de Felipe Moura Brasil, debato os principais assuntos do país diariamente, das 17h às 18h, com transmissão ao vivo nos perfis do UOL no YouTube, no Facebook e no Twitter.