Para Bolsonaro, religião alguma vale mais do que ele próprio

Na Live UOL desta segunda-feira (08), falei sobre o discurso eleitoreiro de Jair Bolsonaro (PL) a banqueiros em São Paulo. No encontro, o presidente disse que não vai assinar o que tem chamado de "cartinha pela democracia" e fez ataques a seu principal adversário, o ex-presidente Lula (PT).

Bolsonaro rebateu as acusações de que teria tido posicionamentos autoritários desde que assumiu o cargo, em 2019, e redirecionou as críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Durante o almoço, realizado na Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o presidente também atacou o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, candidato a vice na chapa de Lula. "Era da Opus Dei, rezava todo dia de joelhinhos na igreja e está cantando o Internacional Socialista agora. Dá vontade de falar um palavrão, mas eu sou educado", disse, mentindo sobre a relação pessoal de Alckmin com a obra, já que apesar da proximidade e das boas relações com a instituição, o ex-governador nunca pertenceu a ela.

Perdido no discurso, Bolsonaro confirma que não respeita a religião dos outros e nem a dele. Brinca com a fé e mostra que a religião de ninguém vale mais do que ele próprio. Com a postura, o presidente - que curiosamente ainda tem apoio no segmento —prova que precisa mesmo de Michelle Bolsonaro ao seu lado para conseguir, pelo menos, um pouco de respeito.

Na Live UOL de hoje, falamos também sobre o discurso-comício da primeira-dama, em evento religioso, no qual afirmou que o "Planalto já foi consagrado a demônios"; sobre os ataques ao ex-juiz Sergio Moro e sobre os debates realizados com os candidatos aos governos de São Paulo e Rio de Janeiro.

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