O Brasil está precisando de um exército de picolés de chuchu

Na Live UOL desta quinta-feira (3), falei sobre a primeira reunião do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), com o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), no Palácio do Planalto.

Alckmin foi escolhido pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para coordenar a equipe de transição do governo, que deve iniciar seus trabalhos na semana que vem. Ciro Nogueira, por sua vez, chefia essa etapa pelo lado do governo Bolsonaro.

"Nós deveremos começar a partir de segunda-feira [7 de novembro]. Todo o fluxo de informações foi conversado, vamos encaminhá-lo para o ministro Ciro Nogueira, e a transição será instalada com o objetivo da transparência, planejamento, de continuidade dos serviços prestados à população e que a gente possa, nesse período, ter todas as informações para poder dar continuidade aos serviços e nos prepararmos para a posse", disse Alckmin —que definiu a primeira conversa como "proveitosa e objetiva".

Além de Ciro Nogueira, participaram também do encontrou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, general Luiz Eduardo Ramos, e uma equipe de assessores do governo Bolsonaro.

Depois da reunião, Alckmin afirmou que Lula é o responsável pelo comando dessa etapa de transição. "Ele é o presidente e comanda todo o processo. Ele tirou uns dias merecidos de descanso. Está voltando no domingo e, na segunda-feira, já teremos um conjunto de reuniões de trabalho para poder avançar na transição."

Sem o temperamento sanguíneo que dominou a política nos últimos anos e com um estilo menos contestador e provocador do que o de Lula, Alckmin talvez tenha chegado para amansar um pouco os ânimos e pacificar o ambiente.

Com sua calma característica —estilo que tem funcionado até aqui—, o vice-presidente eleito mostra que uma boa solução para este momento do Brasil seria deixar a política nas mãos dos adultos e compor um exército formado por picolés de chuchu.

Na Live UOL, falamos também sobre o vídeo publicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), no qual pede a seus apoiadores a liberação do trânsito nas rodovias.

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