Natália Portinari

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Reportagem

Bolsonaristas alegam perseguição e pedem socorro a Trump após denúncia

Grupos bolsonaristas no Telegram e no WhatsApp se mobilizaram nas últimas 24 horas para reagir à denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), mostra um monitoramento elaborado por uma consultoria de redes sociais.

A reação envolveu três frentes: 1) a narrativa de perseguição política a Bolsonaro, 2) defesa de que há uma parcialidade do STF (Supremo Tribunal Federal) e da PGR para apreciar a denúncia; 3) pedido de intervenção do governo Trump.

Segundo a consultoria Palver, que elaborou um relatório analisando dados de 94 mil grupos no Telegram e no WhatsApp, as menções à denúncia de Bolsonaro cresceram mais de 35 vezes no WhatsApp e mais de cem vezes no Telegram.

Entre os vídeos que se destacam pelos compartilhamentos, há um do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) argumentando, sem provas, que a denúncia contra Bolsonaro teria ocorrido após pesquisa indicar sua vitória sobre Lula em um segundo turno.

Também circulou um vídeo do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) argumentando que as punições relacionadas ao 8 de Janeiro seriam uma vingança política e que a denúncia contra Bolsonaro busca desviar atenção de protestos marcados para 16 de março.

Bolsonaristas compartilharam ainda postagens esperançosas de que haveria alguma intervenção por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

"O relatório mostra que há algumas linhas narrativas em destaque, entre elas a de Bolsonaro na posição de vítima, e que estaria sendo perseguido pelo Judiciário", diz Luis Fakhouri, sócio da Palver.

"Como essa decisão já era esperada, o tema já vem sendo preparado nos grupos bolsonaristas há bastante tempo. O que é novidade é a tentativa de dar força às narrativas procurando envolver o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como um elemento de esperança."

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