Raquel Landim

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Após ataque de Marçal, exame toxicológico em Nunes gera racha na campanha

A decisão de Ricardo Nunes (MDB) de fazer um exame toxicológico para se defender de eventuais ataques do candidato Pablo Marçal (PRTB) no debate desta quinta-feira (8) na TV Bandeirantes gerou um racha na campanha de reeleição do prefeito.

A coluna ouviu auxiliares que defendem a decisão e aliados que a criticam.

Marçal disse que apresentaria provas de que havia dois candidatos "cheiradores de cocaína", mas não revelou os nomes. Nunes então decidiu fazer um exame toxicológico e disse que nem sequer ingere álcool.

Auxiliares que defendem a estratégia dizem que a acusação é "gravíssima" e que "colocou em xeque a reputação de todos os candidatos". Eles afirmam também que, se o prefeito for questionado, tem um documento para se defender.

E que o foco das críticas deveria ser a atitude "irresponsável" de Marçal. "Não podemos normalizá-lo", afirmam.

Aliados do prefeito criticam o exame e afirmam que foi um "tiro no pé". Eles concordam que a atitude de Marçal é "irresponsável" e baixa o nível do debate, mas que ele tem que "falar sozinho". Afirmam que Marçal não citou diretamente o prefeito e, por isso, "não merecia resposta".

Na avaliação de estrategistas de campanha ouvidos pela coluna, Nunes deve se tornar o alvo preferencial no debate dos demais candidatos — Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Tabata Amaral (PSB), além de Marçal.

O prefeito garantiu que vai participar porque quer defender sua gestão.

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