Raquel Landim

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Fabio Wajngarten deixa a defesa de Bolsonaro no caso das joias

O advogado Fabio Wajngarten deixou a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro no caso das joias. A informação foi publicada pelo site Metrópoles e confirmada pela coluna.

O afastamento já foi comunicado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Wajngarten se afastou por também ter sido indiciado pela Polícia Federal no inquérito. A PGR (Procuradoria-Geral da República) ainda não apresentou denúncia.

"Por óbvio, me afastei por ser absurdamente indiciado no mesmo caso onde atuava como defensor", disse Wajngarten à coluna.

Ele foi indiciado por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Wajngarten nega as acusações e diz que se tratava de aconselhamento jurídico.

Em uma troca de mensagens com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Wajngarten diz: "eu nunca vi tanta gente ignorante na minha vida". E continua; "Tem que devolver tudo imediatamente. É impressionante como ninguém pensa".

O advogado se referia a devolver as joias ao TCU (Tribunal de Contas da União). Nesta semana, o TCU mudou o entendimento e decidiu por maioria que não havia uma lei específica sobre presentes e que, portanto, ex-presidentes não precisam devolver os itens. Naquele momento, vigorava uma regra de 2016 e a interpretação é que ela obrigava a devolução.

Wajngarten foi secretário de comunicação do governo Jair Bolsonaro e é muito próximo do presidente e de seus filhos.

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