Nunes reavalia Mello Araújo nos Transportes e opta por 'supersecretaria'
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) praticamente já bateu o martelo e deve colocar seu vice eleito, o coronel Mello Araújo (PL), numa "supersecretaria" para cuidar dos assuntos mais difíceis da prefeitura.
Rebatizada de Secretaria de Assuntos Estratégicos, a pasta vai cuidar de temas como encontrar uma solução para a "cracolândia", acompanhar as investigações da máfia dos transportes e resolver a venda ilegal de espaço para barracas no Brás, entre outros
Nunes havia cogitado colocar Mello Araújo na Secretaria de Transportes, mas está desistindo da ideia, conforme apurou a coluna com pessoas próximas. O vice eleito foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Aliados dizem que o prefeito teme que a indicação do nome de Mello Araújo gere reações dos criminosos, como o que ocorre no Rio de Janeiro, com o incêndio e sequestro de ônibus. Por isso, a ideia é aguardar concluir as investigações que vêm sendo feitas pelo Ministério Público sobre a infiltração do PCC no sistema de transporte coletivo da capital.
Na Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mello Araújo — que tem a imagem de ser linha dura com os bandidos por causa do trabalho que fez no Ceagesp — supervisionaria as investigações.
Nunes e Mello Araújo se aproximaram durante a campanha. O coronel está em Nova York nesta semana num Congresso sobre segurança pública representando o prefeito.
Demissões
A área de transporte é alvo de tantos interesses que acabou sendo dividida em duas na Prefeitura de São Paulo: as secretarias de Transportes e de Mobilidade Urbana e Trânsito.
Na semana passada, Nunes demitiu o secretário de Mobilidade Urbana e Trânsito, Celso Gonçalves Barbosa. A demissão foi justificada por desempenho. Segundo apurou a coluna, o secretário não retornava as ligações do prefeito. Ele havia sido indicado pelo cargo foi vereador Milton Leite (União Brasil).
O prefeito montou um grupo para discutir as equipes para o novo mandato que começa em janeiro, que está sendo coordenado pelo secretário de governo, Edson Aparecido.
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