Raquel Landim

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Reportagem

Setor agrícola no Congresso repudia ideia de cortar imposto de importação

A FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) publicou uma nota de repúdio à iniciativa do governo de cortar impostos de importação de produtos agrícolas com o objetivo de reduzir o preço dos alimentos.

"É mais uma medida desesperada e mal pensada do governo que insiste em ignorar os problemas macroeconômicos, controle inflacionário, câmbio descontrolado e gasto público exorbitante", disse o deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da FPA.

"Não existe desabastecimento, não há problemas de safra, não há sobrepreço", completou.

Ontem, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o governo estuda reduzir o imposto de importação de alguns alimentos que, por algum motivo, estiverem mais caros no Brasil que no exterior.

A declaração ocorreu após uma reunião ministerial para tratar do assunto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preocupado que a inflação dos alimentos impacte sua popularidade e prejudique suas chances de reeleição em 2026.

Reduzir impostos de importação é prerrogativa do Executivo e o Congresso não pode tomar medidas para evitar. A Frente Parlamentar Agropecuária, no entanto, é uma das mais poderosas da Câmara dos Deputados e pode atrapalhar a tramitação de outros temas importantes.

O governo vem de uma série de declarações desastradas sobre o assunto. No início, Costa disse que faria "intervenções" nos preços dos alimentos, e acabou tendo que explicar que não se tratava de controle de preços.

Em seguida, passou-se a especular sobre alteração na data de validade dos alimentos, uma medida sugerida pelos supermercadistas, que é utilizada em outros países do mundo para produtos não perecíveis. A oposição começou a bater nas redes sociais e o governo descartou a ideia.

Errata:

o conteúdo foi alterado

  • Diferentemente do informado em versão anterior deste texto, o ministro Rui Costa disse que o governo estuda reduzir o imposto de importação de alimentos que, por algum motivo, estiverem mais caros no Brasil que no exterior, e não mais baratos. A informação foi corrigida.

Reportagem

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