Amorim sobre tarifa do aço: é melhor negociar, mas não podemos ser passivos
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O assessor de assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou à coluna que o melhor caminho para lidar com as sobretaxas dos Estados Unidos contra o aço brasileiro é a negociação.
"O melhor caminho é sempre a negociação. Uma guerra comercial não interessa a ninguém, mas não podemos ser totalmente passivos", afirmou.
Na noite de segunda-feira (10), o presidente norte-americano Donald Trump anunciou sobretaxa de 25% ao aço e ao alumínio importados pelos Estados Unidos de qualquer parte do mundo. O Brasil é o segundo maior exportador de aço para o mercado dos EUA, atrás apenas do Canadá.
Para Amorim, o Brasil precisa abrir um caminho de diálogo com o país, já que as sobretaxas ao aço brasileiro prejudicam as indústrias norte-americanas que importam o produto, como, por exemplo, o setor automobilístico.
Ele lembra que, em 2018, vários países, incluindo o Brasil, conseguiram fechar um acordo, revogando as sobretaxas e substituindo-as para cotas de importação.
Agora Trump também revogou essas cotas e voltou a sobretaxar todas essas nações, o que inclui Argentina, Austrália, Canadá, México, Japão, entre outras, além da União Europeia.
No entanto, se o diálogo for impossível, diz Amorim, o Brasil não pode ficar "totalmente passivo".
"Não estou falando de ameaças, mas de ter opções sobre como reagir", disse. "Esse é o jogo do comércio internacional".
Quando era o ministro de Relações Exteriores dos primeiros mandatos de Lula, Amorim foi o principal negociador brasileiro nas rodadas da OMC (Organização Mundial do Comércio).
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