Brasil vai adotar reciprocidade após EUA confirmarem taxa de 25% sobre aço
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Após o governo Donald Trump confirmar a sobretaxa o aço brasileiro a partir de amanhã, o Brasil deve adotar medidas recíprocas, apurou a coluna com fontes no Palácio do Planalto.
As opções ainda estão em discussão. Também há dúvidas no governo brasileiro se o presidente americano realmente vai cumprir a ameaça protecionista, já que recuos têm sido constantes.
Uma das possibilidades é levar uma reclamação para a Organização Mundial do Comércio (OMC).
O problema é que, por falta de indicação de juízes pelos próprios Estados Unidos, o órgão de apelação está desativado.
Seria uma forma, portanto, de fazer um movimento político, ganhando mais legitimidade para uma eventual retaliação e chamando atenção para o caso.
Os EUA confirmaram no fim a tarde de hoje que entra em vigor nesta quarta-feira uma sobretaxa de 25% para a importação americana de aço vindo de qualquer país do mundo, incluindo o Brasil.
O governo brasileiro não considera positiva uma guerra comercial com os Estados Unidos, mas também não vai deixar de adotar o princípio da reciprocidade, dizem fontes.
Essa decisão ficou mais clara depois que Trump passou não só a ameaçar sobretaxar produtos, mas o Congresso americano também começou a tramitar uma lei para impedir o ministro do Supremo Alexandre de Moraes de entrar no país.
O caminho da negociação, no entanto, seguirá aberto. No dia 6 de março, o vice-presidente Geraldo Alckmin teve uma videoconferência com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, para tratar do assunto.
O objetivo do setor privado brasileiro do aço é escapar da sobretaxa por meio de cotas de exportação, a exemplo do que já foi negociado anteriormente.
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