Pacheco só vai definir seu futuro após PSD escolher entre Lula e Tarcísio
Ler resumo da notícia

O senador Rodrigo Pacheco cogita disputar o governo de Minas Gerais, mas aguarda uma definição do seu partido, o PSD, sobre o apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou uma eventual candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Interlocutores de Pacheco afirmam que ele sabe que é impossível fazer palanque para ambos em Minas Gerais, caso o governador paulista acabe se confirmando como a candidatura da direita, já que Jair Bolsonaro está inelegível.
"O Pacheco não vai levantar a mão do Lula e depois a do Tarcísio em 2026", diz uma fonte.
Nessa hipótese, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, vai precisar decidir se mantém os três ministérios que o partido possui no governo Lula ou se apoia Tarcísio, de quem é secretário e importante aliado.
Foi por isso que Pacheco disse a Lula que cogita se candidatar a governador, mas que ainda não bateu o martelo. Conforme revelou a Folha, os dois se encontraram no último sábado.
O senador também já descartou logo no início da conversa a pretensão de ocupar algum ministério quando o presidente perguntou sobre seu futuro político. Pacheco teria dito a Lula que sabia desses rumores, mas que não tem essa intenção e que tampouco cogita nova candidatura ao Legislativo.
A avaliação de interlocutores do senador é que ele não quer ingressar no ministério agora e dar uma espécie de "aval" a atual gestão antes de uma definição do partido.
Troca de partido
Pacheco não descarta, contudo, deixar o PSD caso decida ser o candidato de Lula em Minas Gerais em 2026 e o partido siga com Tarcísio.
Nesse caso, ele migraria para outra agremiação.
Outra hipótese também em estudo pelo senador é buscar uma candidatura de centro, sem vinculação com nenhum candidato presidencial, que "automaticamente" ganharia o apoio do PT.
Foi a estratégia, por exemplo, do prefeito eleito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD).
Como bom mineiro, no entanto, o senador sabe que não precisa tomar essas decisões agora.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.