Alcolumbre freia representação contra Gayer após reação no Congresso
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O presidente do Senado, David Alcolumbre (União-AP), freou a representação contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados pelas ofensas contra a ministra Gleisi Hoffmann (PT-PR), contra o presidente da casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e contra o próprio Alcolumbre.
Conforme revelou a coluna, líderes de direita estão fazendo pressão sobre Alcolumbre para não apresentar a representação, que poderia resultar na cassação do mandato do parlamentar.
Eles argumentam que Gayer se desculpou, está arrependido e que não se trata de uma agressão física. Gayer enviou uma mensagem de áudio ao senador.
Fontes próximas ao presidente do Senado dizem que ele não desistiu, mas decidiu "aguardar o melhor momento" depois de o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) entrar com uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Gayer por injúria e difamação.
Na semana passada, Gayer fez uma postagem no X, que posteriormente apagou, dizendo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia oferecido Gleisi a Mota e Alcolumbre como "um cafetão oferece uma GP [garota de programa]". Ele afirmou ainda que Alcolumbre, Gleisi e Lindbergh, companheiro da ministra, formariam um "trisal".
A postagem de Gayer veio depois de Lula dizer que tinha nomeado uma "mulher bonita" para melhorar a interlocução com o Congresso. Gleisi é a ministra responsável pela articulação política.
Após o episódio, Alcolumbre afirmou publicamente que o assunto "estava nas mãos dos advogados para decidir o que fazer" e que "o que está dificultando no Brasil é as pessoas agredirem as outras sem medirem o que estão falando". Sua assessoria de imprensa confirmou que ele entraria com uma representação contra Gayer no Conselho de Ética.