Raquel Landim

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Reportagem

Planalto avalia efeito econômico e reação política a Trump

O Palácio do Planalto avalia os impactos econômicos e a reação política para dar uma resposta ao tarifaço prometido por Donald Trump.

A avaliação de auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é que a situação é delicada porque uma retaliação de igual proporções, com aumento generalizado de tarifas, poderia prejudicar as empresas brasileiras.

Por outro lado, também não é uma opção política não reagir. Segundo uma fonte ouvida pela coluna, ficar calado "não é uma alternativa", e será preciso ver tudo "com muito cuidado".

Por isso, o Brasil está aguardando exatamente quais serão as medidas adotadas por Trump para avaliar o tamanho e o modelo da reciprocidade que vai escolher.

Segundo essa fonte, se trata de uma "linha muito tênue" e não se pode "prejudicar as empresas brasileiras".

Várias alternativas estão sobre a mesa, como recorrer à OMC (Organização Mundial do Comércio), adotar barreiras ambientais, etc. Só que com o cuidado de não trazer às prejuízos companhias locais que precisam de insumos vindos dos Estados Unidos.

Por conta disso, não há decisão tomada ainda.

Imagem de Lula

O Planalto também vem observando os impactos na popularidade de líderes que se opõem publicamente a Trump.

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No Canadá e no México, esses líderes viram seus índices de aprovação crescerem ao partir para um embate com o mandatário americano.

A avaliação, no entanto, é que no Brasil o cenário é diferente. Esses países são vizinhos e tem relação muito estreita com os Estados Unidos. Por aqui, o impacto pode não ser tão direto.

Lula, portanto, vem dosando suas falas. Ele não deixa de criticar Trump, mas também não parte para um confronto aberto.

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