Decano de Wall Street, CEO do JP Morgan pede 'solução rápida' para tarifaço
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O CEO do JP Morgan, James Dimon, pediu nesta segunda-feira (7) por uma "solução rápida" para as incertezas geradas pelo "tarifaço" do presidente americano Donald Trump.
"As tarifas recentes vão provavelmente aumentar a inflação e estão levando muitos a considerar uma possibilidade maior de recessão", escreveu Dimon em sua carta anual aos investidores.
Aos 69 anos, Dimon comanda o JP Morgan há duas décadas. Durante esse período, transformou a instituição no maior banco dos Estados Unidos e se tornou uma espécie de decano do setor.
O banqueiro afirma que a "fragmentação econômica provocada pelo tarifaço pode ser desastrosa no longo prazo", levando os países a se tornar mais alinhados à China e à Rússia.
"A economia é a cola de longo prazo. 'América Primeiro' é ok, contanto que não implique na América sozinha", afirmou Dimon, referindo-se ao slogan de campanha de Trump "America First".
Na carta aos investidores, que está disponível na Internet, Dimon afirma que o aumento das tarifas até pode ter razões "legítimas", mas a inflação vai aumentar não apenas pela alta dos produtos importados, como pelo aumento da demanda dos produtos nacionais.
Ele também explica que" há dúvidas se haverá uma recessão e que certamente a economia vai desacelerar".
Para Dimon, existem muitas incertezas rondando a nova política:
- Quais serão as retaliações de outros países? Qual será o efeito na confiança? Qual vai ser o impacto nos investimentos e no fluxo de capitais? Qual é o efeito nos lucros corporativos? Qual é o possível no efeito no dólar?
"Quanto mais rápido isso for resolvido melhor porque os efeitos negativos vão se acumulando no tempo e depois será difícil de resolver", afirmou.
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