Estratégia da oposição com caso Ramagem é desgastar a imagem do Supremo

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Os líderes oposicionistas vão reclamar, mas o fato é que eles já sabiam que o STF (Supremo Tribunal Federal) não aceitaria a manobra para paralisar o julgamento da trama golpista do 8 de janeiro.
O voto do ministro Alexandre de Moraes não é surpresa para ninguém e ele deve ser acompanhado pelos seus pares na primeira turma do STF: Cristiano Zanin, Flávio Dino, Carmen Lúcia e Luiz Fux.
Zanin, presidente da turma, já havia, inclusive, antecipado o entendimento para o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta.
Na visão do Judiciário, a Câmara só pode sustar os julgamentos dos crimes cometidos após a diplomação e não antes.
Mas por que então a oposição bolsonarista seguiu em frente e foi acompanhada maciçamente pelo centrão?
A resposta é simples: para desgastar o Supremo.
Faz parte da estratégia do ex-presidente Jair Bolsonaro tentar demonstrar que o STF atropelaria a Constituição, exacerbaria do uso das suas prerrogativas e perseguiria a direita brasileira.
Para os bolsonaristas, toda essa manobra é mais uma tentativa de demonstrar que Bolsonaro é um perseguido político e que seu julgamento é injusto.
Já o centrão vai um pouco além.
Ele quer mostrar força ao Supremo diante das tentativas do ministro Flávio Dino de bloquear as emendas parlamentares e da Polícia Federal de avançar nas investigações do orçamento secreto.
É como se dissessem: não estiquem demais a corda.
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